O famoso personagem Soneca, um dos sete anões da Branca de Neve, é conhecido por seu cansaço e sonolência. Bocejos frequentes e olhos caídos são sua marca registrada, sempre ansioso pela hora de dormir. k4k5j
Embora seja retratado na ficção, o problema do Soneca existe na vida real e tem um nome: hipersonia. Conforme o Instituto do Sono, trata-se de um distúrbio de sono que provoca sonolência diurna excessiva e/ou sono prolongado à noite.
No geral, as pessoas com o distúrbio não enfrentam dificuldades para adormecer. Porém, independente do tempo de duração do sono, dormir não é o suficiente para acabar com o cansaço. Bocejar o dia todo, sentir fadiga e acordar irritado são situações que fazem parte da rotina de quem tem hipersonia.
Por conta dos sintomas semelhantes, a hipersonia pode ser confundida com a narcolepsia. Entenda a seguir como diferenciá-las.
A narcolepsia também tem a sonolência diurna excessiva como principal sintoma. Porém, o indivíduo costuma ter dificuldade para adormecer, além dos quadros de cataplexia, alucinações hipnagógicas e paralisia do sono.
Pacientes com hipersonia tendem a dormir bem. Inclusive, podem ter dificuldade para acordar do sono noturno ou cochilos diurnos. As alucinações e perda súbita da contração dos músculos não estão presentes nesse distúrbio de sono, ao contrário da narcolepsia.
Tipos de hipersonia
O distúrbio de hipersonia pode ser dividido em 2 tipos: primário e secundário.
A hipersonia primária é caracterizada pelo sono prolongado, com duração entre 12 e 14 horas, além da grande dificuldade para acordar. Esses sintomas persistem por, no mínimo, 3 meses. Normalmente, não existe causa conhecida para a sonolência diurna.
Já na hipersonia secundária o sono é mais reduzido e dura, em média, de 6 a 10 horas. Despertar é um obstáculo, tanto durante a noite quanto dos cochilos, mas dormir também pode ser difícil. No geral, está associada a outros problemas de saúde, como a apneia obstrutiva do sono.
Causas
Em determinados quadros, as causas para a hipersonia podem não ser identificadas, nem mesmo as alterações no ritmo circadiano. No entanto, segundo o Instituto do Sono, há fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver a sonolência diurna excessiva, como:
Consequências
O paciente que sofre com hipersonia costuma ser pouco compreendido. Muitas vezes, confundem a sonolência excessiva como preguiça ou falta de interesse nas atividades diárias.
Como a pessoa tem dificuldade para acordar, tende a programar diversos alarmes para despertar, provocando irritação e desorientação durante a manhã. Outros problemas enfrentados são fadiga, falta de concentração, perda de memória e até problemas de movimento.
Todos esses fatores são capazes de afetar a vida social e o desempenho na escola ou trabalho. Inclusive, não é recomendado que pessoas com hipersonia dirijam ou operem máquinas perigosas enquanto estiverem com sono. Por isso, diagnosticar e tratar a condição devem ser prioridades para recuperar a qualidade de vida.
Para chegar ao diagnóstico da hipersonia, o médico especialista faz uma análise do histórico de saúde do paciente e avalia suas queixas, ou seja, a frequência dos sintomas e os prejuízos que provocam. Também é necessário realizar exames de imagem e laboratoriais, além daqueles que avaliam especificamente o sono, como a polissonografia.
Não existe um tratamento único para todos os casos. Na verdade, varia de acordo com as causas e características do paciente. O uso de medicamentos como estimulantes, anfetaminas e antidepressivos são terapias possíveis.
Fim de semana começa instável, mas tempo abre a partir de domingo
Oeste fecha primeiro trimestre com menor taxa de desemprego de SC