O esquema vacinal contra a poliomielite a a ser composto, exclusivamente, por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP) a partir desta segunda-feira, dia 4. A decisão tinha sido anunciada pelo Ministério da Saúde ainda em setembro. O Brasil está há 34 anos sem casos da doença. 6764z
A substituição das duas doses de reforço com vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), a famosa “gotinha”, pela injetável, levou em conta as novas evidências científicas para proteção contra a doença. Com o avanço tecnológico, será possível garantir uma maior eficácia do esquema vacinal.
O esquema vacinal anterior contemplava a istração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a “gotinha”, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A partir de hoje, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses.
Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, a mudança é significativa e pode ser observada no mundo inteiro. Países como o Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.
“O Ministério da Saúde está seguindo uma tendência mundial e está substituindo as duas doses de reforço com a gotinha por uma dose da vacina injetável, que tem uma plataforma mais segura e protege muito bem as nossas crianças”, explica Gatti.
O brasil tem atualmente cerca de 38 mil salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A meta do Ministério da Saúde é que a cobertura vacinal alcance 95% até o fim deste ano. Em 2023, a cobertura da VIP foi de 86,5% e a de VOP 78,2%, segundo as informações contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
O Zé Gotinha
O famoso personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980, é o símbolo da luta contra a poliomielite e, além disso, foi usado para alertar sobre a prevenção de doenças imunopreveníveis. Mesmo com a mudança, ele continuará atuando em prol da vacinação e da vida, informou o Ministério da Saúde.
“O Zé Gotinha não vai desaparecer, pelo contrário, ele continua firme e forte na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e na promoção do PNI. Ele ajuda a promover não só o SUS, mas promover a vida, promover a vacinação”, reforça o diretor do DPNI.
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