Os partidos Progressistas e União Brasil formalizaram o início da federação partidária entre as duas legendas na tarde de terça-feira, dia 29, em Brasília. A União Progressista, como foi nomeada, torna-se a maior força política não apenas do Congresso Nacional, com 109 deputados e 14 senadores, mas também nos estados e municípios, com 6 governadores, 1.350 prefeitos (7 de capitais) e mais de 12 mil vereadores. 2ds1k
A federação partidária é autorizada no Brasil desde 2022 e permite a união de dois ou mais partidos devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As siglas devem ter abrangência nacional e obrigatoriedade de permanecerem em um mesmo bloco por pelo menos quatro anos.
Ao contrário das coligações partidárias, as federações não podem ser desfeitas depois das eleições. Caso rompam a união antes do prazo, os partidos estão sujeitos a punições, como perda dos fundos eleitoral e partidário, além de ficarem impedidos de formar nova federação ou coligação. Outras três federações estão registradas no TSE atualmente — PT/PCdoB/PV, PSOL/Rede e PSDB/Cidadania.
Até dezembro, a presidência do União Progressista será compartilhada entre o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. No fim do ano, uma eleição definirá a nova composição.
Os dois fizeram a leitura conjunta do manifesto da federação, defendendo um choque de prosperidade no Brasil, com medidas profundas no estado brasileiro, voltadas à promoção da competitividade e crescimento econômico, com responsabilidade fiscal e social.
O texto diz que a “boa política é a arte de construir soluções e consensos, sobretudo nas conjunturas que ameaçam tornar remota ou improvável a consecução desse desafio”. Em outro trecho, fala da necessidade de se garantir “o equilíbrio das contas públicas para que o equilíbrio e a paz social possam ser assegurados”.
“A União Progressista assume o compromisso de ser uma bússola de equilíbrio e racionalidade, atuando para que o país siga o rumo que o fará se tornar a grande nação que o aguarda”, disse Ciro Nogueira.
O evento que oficializou a União Progressista contou com a presença de grandes lideranças políticas nacionais e estaduais, como os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, os governadores do Amazonas, Wilson Lima, de Goiás, Ronaldo Caiado, do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a vice-governadora do DF, Celina Leão, de Roraima, Antonio Denarium, do Acre, Gladson Cameli, de Rondônia, Marcos Rocha, do Pará, Helder Barbalho, do Rio de Janeiro, Claudio Castro, o vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro, além de centenas de prefeitos, parlamentares e lideranças dos dois partidos.