Uma operação deflagrada nesta quarta-feira, dia 4, cumpre 9 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada por furtar, adulterar e enviar caminhões-tratores e semirreboques de Santa Catarina para o Paraguai. 3n2527
Batizada de “Cavalo Paraguaio”, a operação é conduzida pela Polícia Civil e as ordens judiciais são cumpridas nos municípios de Sangão e Tubarão, no Sul de Santa Catarina, e em Maringá e Santa Terezinha de Itaipu, no Paraná.
Como os crimes ocorriam
As investigações revelaram que membros da organização, residentes em Santa Catarina, realizavam levantamentos em pátios de oficinas mecânicas e postos de combustíveis, reando as informações para comparsas no Paraguai. A partir disso, eram organizados comboios de motoristas e caminhões-tratores que se deslocavam até o Sul do estado para a prática dos furtos.
Após desativarem sistemas de segurança e monitorarem os alvos, os criminosos invadiam os pátios, acoplavam os caminhões aos semirreboques ou furtavam os conjuntos completos, seguindo viagem até o Paraguai. Durante o percurso, substituíam as placas originais por placas paraguaias e realizavam constantes inspeções para detectar e remover eventuais rastreadores.
Até o momento, foi comprovado o envolvimento do grupo no furto de ao menos 15 caminhões e semirreboques. Parte desses veículos foi recuperada — inclusive no interior do Paraguai — já adulterada.
“Esta organização criminosa é atualmente considerada a mais atuante e estruturada em Santa Catarina no furto de caminhões e semirreboques, com alto grau de especialização, articulação interestadual e transnacional. O líder do grupo possui mais de 20 anos de histórico criminal e mais de 12 inquéritos policiais instaurados por crimes semelhantes, sendo considerado indivíduo de alta periculosidade e vasta experiência na prática criminosa”, destaca nota divulgada pela Polícia Civil.
As autoridades ainda informam que um dos integrantes da organização é paraguaio e tem contra si uma ordem de captura internacional, incluída na Difusão Vermelha da Interpol.
"Cavalo Paraguaio”
O nome da operação faz referência ao modo como o grupo criminoso agia: os integrantes atravessavam a fronteira do Paraguai com caminhões-tratores ("cavalos mecânicos") para buscar veículos furtados e adulterados em território catarinense, retornando posteriormente ao país vizinho com os bens subtraídos.
Além da Polícia Civil, a operação teve apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) — por meio do Núcleo de Cooperação Internacional de Santa Catarina e da Adidância da Polícia Federal em Assunção – Paraguai —, do Centro Integrado de Segurança Pública e Proteção Ambiental (Cisppa), vinculado à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) de Maringá (PR). As investigações seguem em andamento.
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