A Polícia Civil deve concluir o caso do segundo homicídio de Xanxerê no prazo de dez dias. O delegado responsável, Albino de Araújo, aguarda o laudo cadavérico de Jean Carlos Ortiz, de 15 anos, assassinado a golpes de faca por dois amigos, na noite de terça-feira, dia 25, no Bairro Colatto. 475q6z
Conforme Araújo, um dos os autores das facadas, o adolescente de 16 anos, continua na delegacia, por até cinco dias, aguardando vaga para um Casep da região. Ele pode ser levado a qualquer momento para uma das unidades de Lages, Concórdia, Chapecó, Joaçaba ou São José do Cedro, já que Xanxerê está lotado, com capacidade máxima para seis menores.
A decisão de encaminhamento do menor, que já tinha agem pela polícia, para um Centro de Atendimento Socioeducativo, é por parte da justiça. O promotor de justiça, Marcionei Mendes, comentou na manhã desta quinta-feira, dia 27, que ouviu o menor e ele mudou a versão dos fatos, narrados na delegacia.
"Ele disse que não atingiu a vítima com faca, mas que deu uma pedrada. Fizemos um pedido de internação provisória, que é de 45 dias, até que saia a procedência contra ele. Ele deve ser encaminhado a um Casep que seja mais próximo de onde seus familiares moram, que é em Xanxerê. A decisão para onde o menor deve ser internado é da juíza, que deve emitir seu parecer durante esta tarde", salienta.
Já Jean Carlos Spagnollo e Silva, de 19 anos, vulgo “Rato”, ainda na noite do crime foi conduzido ao Presídio Regional de Xanxerê.
Depoimentos ao delegado
Ainda durante a madrugada do crime o delegado colheu depoimento dos envolvidos. Eles afirmam que a discussão foi iniciada pela vítima, ao deferir um golpe de faca no adolescente, que está apreendido na Delegacia.
"Ambos confessam que eram amigos, que anteriormente estavam bebendo e que posteriormente a vítima teria convidado para ir até a pracinha do Bairro Colatto e, no jargão deles, “queimar um breo”, ou seja, fumar maconha. Lá algo aconteceu e eles dão a versão deles, que a vítima desferiu um golpe de faca na perna do adolescente e que eles revidaram. Segundo o relato, o adolescente teria perfurado o pescoço, o maior teria ferido na região do tórax. Não estou de posse do laudo cadavérico, mas foram vários golpes", explica o delegado.
O laudo por parte do Instituto Médico Legal deve ser encaminhado ao delegado no prazo de até dez dias. Neste período, Araújo fará outras diligências para concluir o caso.
Ainda conforme o delegado, a vítima não tinha agem pela polícia, porém levava uma vida desregrada. "Os pais são separados, ele estava sobre a guarda da mãe, que também tem uma criança pequena e a mãe não tinha mais como controlar os os dele. Seguidamente ia para Xaxim nos parentes, para Vargeão onde o pai reside, mas não consta que tenha praticado ato infracional", finaliza.
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