Com a chegada do verão e altas temperaturas, aumenta o número de encontro com serpentes. 1f6a3m
Fique atento e, em caso de encontro, acione o Corpo de Bombeiros ou um profissional que fará o resgate. Estes são animais perigosos, porém, essenciais para o ecossistema
Um desfalque na população de cobras pode causar uma superpopulação de outras espécies de animais, ocasionando um desastre em nosso ecossistema. As cobras são predadoras naturais de roedores e outros animais, fazendo um controle destas populações.
Além disso, seu veneno também é muito valioso para a medicina. Ele é vastamente utilizado na indústria para a fabricação de medicamentos que tratam o câncer e a hipertensão. Também produzem analgésicos, colas cicatrizantes e até mesmo o soro contra os efeitos de sua própria picada no organismo humano.
O que fazer em casos de mordida
• Em caso de picada, é importante não amarrar o local atingido. Essa prática pode ocasionar o surgimento de necrose, além de aumentar a chance de amputação do membro ou outras complicações;
• Outra orientação é nunca cortar o local da picada, nem fazer perfurações ou sucção. O local da ferida deve ser lavado com água e sabão. A vítima deve ser levada o mais rápido possível para o hospital. Não se deve matar o animal, mas, de uma distância segura, deve-se tirar uma foto para identifica-lo.
Coral: serpentes pequenas, na sua maioria colorida, com anéis pretos, vermelhos e brancos. Acidentes com essa espécie são os mais graves, pois possui veneno neurotóxico, causando dificuldade respiratória que pode levar a vítima à morte em poucas horas, caso não receba o soro antielapídico.
Cascavel: a presença de um guizo ou chocalho é a principal característica. Não é muito comum na região. Cada anel presente significa uma muda de pele do animal. Veneno neurotóxino, miotóxico e coagulante. A vítima pode ter urina avermelhada ou marrom, insuficiência respiratória e renal, levando à morte. São responsáveis por 8% dos acidentes com serpentes no Brasil. O estudo do seu veneno gerou um analgésico.
Jararacas e Urutus: causam o maior número de acidentes ofídicos no Brasil. São responsáveis por 90% dos acidentes com cobras peçonhentas no Brasil. O veneno é proteolítico, coagulante e hemorrágico. Pode levar à necrose do tecido atingido e insuficiência renal. A partir do estudo do seu veneno foram gerados dois medicamentos contra hipertensão.
Biólogo formado na Unochapeco. Há mais de 10 anos atuando com consultoria, licenciamento e monitoramento ambiental. Especialista em técnicas de captura e identificação de animais selvagens. Um dos biólogos com mais registros de fauna selvagem do sul do Brasil.