A implosão do submarino que desapareceu durante uma expedição para ver os destroços do Titanic, levou ao esmagamento e à fragmentação dos corpos das cinco vítimas. A situação foi apontada por especialistas ouvidos pelo g1, que afirmam que os fragmentados dos restos mortais dificilmente serão encontrados um dia. 6b3k27
Os motivos apontados por eles são pela altíssima pressão da água na profundidade onde o submarino se encontrava e a existência da fauna marinha, que pode devorar os corpos.
"Tudo foi muito rápido; as vítimas nem sentiram nada. Seria como largar toneladas comprimindo o corpo das pessoas em todas as direções." afirma Thomas Gabriel Clarke, do Laboratório de Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).
As paredes do submarino esmagaram os ageiros, diz o pesquisador Carlos Daher Padovezi, que trabalha no Laboratório de Infraestrutura em Energia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
"Restaram 'micropedaços' [dos corpos], muito pequenos mesmo", afirma Carlos Daher.
Fauna marinha ávida por alimento
O mais provável é que o que sobrou dos restos mortais seja ingerido por peixes, tubarões, crustáceos e vermes. A 4 mil metros de profundidade no mar, esses seres vivos costumam enfrentar dificuldade para se alimentar.
"É uma questão da biologia das águas profundas. Longe da superfície, sem a luz necessária para a fotossíntese, os organismos enfrentam privação de alimento. O que cai ali é consumido muito rapidamente", explica Paulo Yukio Gomes Sumida, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). "As partes moles devem desaparecer em poucas semanas. Os ossos, por terem uma matriz cálcica, levam mais tempo para serem devorados pelos organismos — talvez um ou dois anos", estima.
As vítimas são:
● Shahzada Dawood, empresário paquistanês, de 48 anos;
● Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês, de 19 anos;
● Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico, 58 anos;
● Paul-Henry Nargeolet, um francês especialista em Titanic, 77 anos;
● Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate, de 61 anos.
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