Santa Catarina tem 125 mil dependentes de drogas, segundo pesquisa da Assembleia Legislativa do estado (Alesc). Do total, apenas 10% estão em tratamento em alguma comunidade de reabilitação.No estado são cerca de 140 comunidades que ajudam no tratamento de dependente químicos e as famílias sofrem junto com eles. "Quando o problema está dentro da família e todos começam a compartilhar, é muito difícil. O transtorno, a forma de tratar a situação. Mas quando se afasta, fica pior ainda", diz a psicóloga Marylis Barreto.Um dos que sentiram esse isolamento foi o ex-jogador de futebol profissional Albeneir Marques Pereira. "Eu perdi praticamente tudo. Eu perdi o convívio da família. A gente vai perdendo, vai rolando morro abaixo, morro abaixo, morro abaixo. Eu praticamente morei na rua", disse.O fundo do poço veio quando ele deixou de jogar futebol. Por mais de três décadas, o ídolo do Figueirense virou refém de outra droga: o álcool. "Eu acabei em um centro de tratamento onde eu pedi ajuda em 6 de dezembro de 2006 e hoje, graças a Deus, vou completar nove anos limpo. Cada dia é uma batalha", completou.Outro atleta prejudicado pela drogas foi o ex-surfista profissional Tiago Bianchini. Ele começou a usar as substâncias ilícitas ainda na adolescência. "Tinha uns amigos que usavam assim e aí comecei a experimentar maconha", contou. "É aquela coisa, quando a pessoa é adolescente tudo é novo, nas amizades, na escola. Então é muito fácil", resumiu.Surfista profissional, Tiago já foi campeão catarinense e brasileiro, mas as drogas fizeram com que a carreira fosse interrompida mais cedo. Aos 28 anos, ainda sofre com recaídas e luta pra se livrar do vício. Em reabilitação pela terceira vez, ele atualmente está internado em uma comunidade terapêutica na Grande Florianópolis.Agora eu vou fazer o tratamento, seis meses que têm para fazer, me graduar e ser feliz. Ter uma vida boa. Eu sou novo, tenho 28 anos ainda, tenho uma filha linda. Tenho certeza que quando eu sair daqui, dar a volta por cima, eu vou dar muito mais valor para a minha vida", disse. Pra quem já saiu dessa, uma lição: "não arrisca. Não arrisca. Siga de boa, siga na paz, com tranquilidade, siga com saúde. Eu não aconselharia o uso de álcool nem de substância química alguma", avisou Albeneir. 325k4g
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