“Estudar não tem idade”, diz idosa de 79 anos que se inscreveu para o Enem 1m2o38

Dados apontam que quase 10 mil idosos estão participando do exame neste ano. 6m5i6n

Por Redação Oeste Mais 1r2m4v

06/11/2024 15h25 2w1jd



Maria Elisabete tem 79 anos e está participando do Enem (Foto: Reprodução/MEC)

“Estudar não tem idade, adquirir conhecimento não tem idade, porque a pessoa aprende até o último dia de vida dela”, diz Maria Elisabete de Arruda, de 79 anos, que participa da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 6om5a

“As pessoas acham que aposentados ficam sentados em casa olhando para as paredes, mas eu gosto muito de ler, estudar e aprender. Eu quero renovar o meu mundo de conhecimento e, por isso, estou participando do Enem este ano”, conta. Ela relata que, com a nota da prova, pretende cursar Letras para realizar o sonho de escrever um livro.

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicou as provas de redação, linguagens e ciências humanas do Enem no último domingo, dia 3. No próximo domingo, 10 de novembro, os candidatos realizarão as provas de ciências da natureza e matemática.

Dos 4,3 milhões de candidatos confirmados, 2,9 milhões (67%) têm até 18 anos; 350 mil (8,1%) têm entre 31 e 59 anos e quase 10 mil (0,23%) têm mais de 60 anos. Apesar de representar menos de 1% dos participantes, o número de pessoas com mais de 60 anos que realizam o Enem é o maior desde 2020: são 9.950 idosos. Destes, 558 estão cursando o ensino médio na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA).

Leia também: Primeiro dia de provas do Enem tem queda no número de ausentes

O aumento de pessoas idosas que participam do Enem e pretendem ingressar na educação superior acompanha a elevação da expectativa e qualidade de vida dos brasileiros. De acordo com o Censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de habitantes com 60 anos ou mais é de 32,1 milhões, enquanto em 2010 era de 20,5 milhões.

A tendência se confirma pelos dados do Censo da Educação Superior 2023, divulgado em outubro. De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou 9.977.217 matrículas nos cursos de graduação e sequenciais de formação específica — presenciais e a distância. Desse total, 60.735 matrículas foram de estudantes com 60 anos ou mais.


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