A colheita da safra de arroz irrigado 2024/25 está na reta final e a expectativa de bom desempenho vai se confirmando, segundo dados divulgados pela Epagri/Cepa, que apontam a atual safra com produção 9,52% maior que a anterior, impulsionada por um aumento de 9,85% na produtividade média, estimada em 8,73 toneladas por hectare e alcançando números recordes. 4y593o
“Se essa estimativa se concretizar, estaremos diante de uma safra recorde em produtividade, superando inclusive os resultados da temporada 2022/23, que já foi marcada por um excelente desempenho”, destaca a economista Gláucia Padrão, analista de socionomia e desenvolvimento rural da Epagri.
A safra ada foi marcada por adversidades climáticas, como excesso de chuvas, baixa luminosidade e elevada nebulosidade, fatores que favoreceram o surgimento de doenças e pragas, comprometendo o desempenho das lavouras. Já para 2024/25, o cenário é bem diferente. Segundo Gláucia, o bom desempenho é resultado da combinação entre condições climáticas favoráveis, uso de cultivares de alto potencial produtivo, investimentos em tecnologia e melhorias nas práticas de manejo, confirmando uma tendência positiva observada nos últimos anos.
Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil e líder em produtividade. Com uma área estável de cultivo, em torno de 145 mil hectares, o arroz representa o quarto produto em Valor da Produção Agropecuária (VPA) no estado, somando R$ 2,1 bilhões, o que corresponde a 9,4% do total nacional, segundo dados da Epagri/Cepa (2022/2023).
“O que destaca ainda mais nosso estado é a qualidade do grão. A maior parte da plantação é em áreas alagadas. Debaixo da água o grão fica mais bem protegido de pragas e o plantio mais uniforme. O arroz é um produto forte de Santa Catarina e a gente se orgulha disso”, frisa o governador Jorginho Mello. O cultivo do arroz envolve mais de 30 mil famílias catarinenses.
Tecnologia e pesquisa
A Epagri investe há décadas em pesquisa e melhoramento genético do grão. Já são 32 cultivares com DNA da Epagri lançadas no mercado, com um novo material chegando a cada dois anos.
“Temos sempre de seis a oito cultivares recomendadas para cultivo, que se adaptam a diferentes condições de clima e solo em Santa Catarina. Nosso diferencial está na capacidade de atender à diversidade de ambientes do estado”, explica Ester Wickert, gerente da Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI), onde está o Programa de Melhoramento Genético de Arroz.
Em mais de 40 anos de pesquisa da Epagri com arroz, a produtividade média do cereal no estado saltou de 2,2 para mais de 8 toneladas por hectare. Além do avanço genético, Ester destaca a importância da adoção de novas tecnologias, ajustes nas práticas de cultivo, organização da cadeia produtiva e qualidade na produção de sementes, áreas em que a Epagri também atua diretamente.
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