Lançado há pouco mais de dois anos, o Pix, sistema de transferência instantânea desenvolvido pelo Banco Central, é um verdadeiro sucesso no Brasil. Neste mês de janeiro, a ferramenta chegou em uma nova etapa e ganhou algumas novas regras – com isso, será necessário que os consumidores fiquem ainda mais atentos ao utilizá-la. Veja a seguir as mudanças realizadas no sistema. 62142f

Limite de transações: Desde o dia 2 de janeiro, os bancos não são mais obrigados a colocar um limite de transações, ficando válido somente o limite diário. Com isso, se o seu limite diário é de R$ 10 mil, você pode utilizá-lo em apenas uma transação. Caso o consumidor peça a redução do seu limite, a instituição financeira deverá aplicar o pedido imediatamente. Já se a solicitação for para o aumento do limite, as instituições terão até 48h para realizar a mudança.

Limite de compras: Assim como outras alternativas de pagamento, foi implementado um limite de compras que o cliente pode fazer utilizando o Pix, que agora será semelhante ao do TED. Anteriormente, a base de referência era o limite do cartão de débito.

Transferências para pessoas jurídicas terão limite: Outro ponto de mudança se dá para transferência para pessoas jurídicas, que desde o início do mês terão seu valor limitado previamente por cada instituição financeira.

Mudanças no Pix Troco e Pix Saque: O limite dessas modalidades foi aumentado, ando para R$ 3 mil durante o dia e R$ 1 mil durante o período noturno. Anteriormente, esses valores eram de apenas R$ 500 e R$ 100.           

Período noturno: Agora, as instituições financeiras poderão disponibilizar para os seus clientes uma redução no horário do Pix noturno de 22h às 6h.

Atenção é necessária

Como dito anteriormente, o Pix é uma alternativa de pagamento extremamente popular no país, ao ponto de até mesmo companhias do exterior, mas que operam no Brasil, arem a aceitar o método. Um dos exemplos mais conhecidos são as plataformas online de cassinos com Pix, que logo se atentaram para a popularidade da ferramenta e além de aceitá-la, disponibilizam para os usuários tupiniquins uma boa variedade de bônus e promoções, para que os jogadores possam aproveitar um vasto catálogo de jogos sem grandes preocupações com seu saldo.

Com a chegada das novas regras do Pix, alguns especialistas apontam que os consumidores precisarão ficar mais atentos. Segundo o advogado especializado em Direito do Consumidor, Ricardo Maranhão, boa parte das mudanças se deu para evitar as fraudes e golpes envolvendo a tecnologia desenvolvida pelo Banco Central.

Segundo a instituição, entre janeiro e junho de 2022, ao menos 740 mil indícios de crimes envolvendo a ferramenta foram registrados. Já um relatório apresentado pela companhia de Cibersegurança PSafe, aponta que no primeiro semestre de 2022, 840 mil golpes envolvendo o Pix foram tentados, um crescimento absurdo de 1.200% se comparado ao mesmo período em 2021.

 “O Banco Central definiu novas regras de segurança do Pix, na tentativa de coibir a ação de criminosos na aplicação de golpes e fraudes. Assim, a intenção é que haja um aumento na segurança, e isso evite que, por exemplo, os ‘laranjas’ criem novas contas para fraudes”, relata o advogado Ricardo Maranhão.

O advogado explica que os usuários da ferramenta devem ficar bastante atentos com as tentativas de golpes, principalmente aos links recebidos por e-mail ou em troca de mensagem instantânea, solicitações de transferências e pedidos de senhas. Segundo o especialista, um dos golpes mais comuns é a invasão de contas nas redes sociais, onde os golpistas se am por um familiar ou amigo da vítima e pedem o envio de valores através do Pix – algumas vezes ocorre até a venda de produtos, como forma de ludibriar os consumidores.

O advogado também alerta que, se possível, não se deve fornecer sua chave Pix a desconhecidos, e se isso for preciso, sempre utilizar a chave aleatória. E caso o consumidor detecte qualquer movimentação suspeita em sua conta bancária, não deve titubear em notificar a instituição financeira responsável.