“Tudo o que ele fez para destruir a minha autoestima, o ‘Espelho Meu’ está fazendo para mostrar que a gente é bela, que tem coisas para acrescentar e que existem muitas pessoas boas no mundo”. 3q2w3m
O depoimento é de uma das participantes do projeto “Espelho Meu: prevenção à violência doméstica por meio da linguagem fotográfica”, que retrata em exposição fotográfica mulheres vítimas de violência doméstica.
São ao todo 27 quadros de mulheres atendidas pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de São José, vinculada à Polícia Civil de Santa Catarina, e que ficarão expostos na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SC) até o dia 30 de março, em Florianópolis.
A vice-presidente do tribunal e diretora da Escola Judicial, desembargadora Quézia de Araújo Duarte Nieves Gonzalez, iniciou a exposição em memória de Vanessa Ricarte, jornalista servidora do Ministério Público do Trabalho do Mato Grosso do Sul (MPT/MS), brutalmente assassinada a facadas pelo ex-noivo em fevereiro deste ano.
“Pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça revelou que cerca de 40% das magistradas e servidoras do Judiciário brasileiro sofreram algum tipo de agressão”, alertou a desembargadora, que reiterou a importância da denúncia e do acolhimento.
Para a ouvidora do TRT-SC, desembargadora Mirna Bertoldi, a denúncia é a ação que possibilita colocar fim às diversas violências de gênero - física, psicológica, patrimonial, moral e sexual. Para isso, a criação de canais seguros é indispensável neste processo.
“Esta exposição transcende a mera representação de rostos, ela é um testemunho silencioso da bravura destas mulheres”, refletiu a ouvidora, ao afirmar que o projeto é uma celebração de força e de resiliência.
A exposição “Espelho Meu” integra a programação do TRT-SC para o Mês da Mulher, que contará com outras atividades alusivas à data até o final de março.
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