Um papagaio-de-peito-roxo tem causado dor de cabeça para uma família da localidade de Extensão Bica d’Água, em Vargeão. A ave, conhecida pelas penas roxas no peito e vermelhas próximas ao bico, não é tão encantadora assim para os moradores, que enfrentam visitas inesperadas há cerca de três meses. 4n32q
Reintroduzido no Parque Nacional das Araucárias, localizado entre os municípios de os Maia e Ponte Serrada, no Oeste de Santa Catarina, o papagaio deixa o habitat para visitar a família quase todos os dias. De acordo com a presidente do Instituto Fauna Brasil, Vanessa Kanaan, a ave de registro "08" viaja por vários municípios da região, assim como outras que também gostam de ear.
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Segundo a moradora Caroline Marin Mognol, o papagaio aparece em diferentes horários do dia e tem um objetivo bem específico no local: se apoderar dos alimentos. Como se não bastasse, ele também aproveita para bicar objetos que encontra no caminho, como flores, roupas e até chinelos. A ave também chegou a roer uma janela da casa da família.
“No almoço, se ele chegar, não deixa ninguém comer. Ele come macarrão, arroz, bolo, banha, pão, frutas, legumes... [...] A gente cuida, mas às vezes saímos e a janela fica aberta e ele entra e acha”, relatou Caroline ao Oeste Mais.
Além de ser folgado e deixar prejuízo, não é nenhum pouco amigável, segundo a família. “Ele não deixa chegar perto”.
O papagaio foi declarado extinto localmente na década de 1980 devido ao desmatamento e ao tráfico de animais. Hoje, ele é classificado como “em perigo” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
As aves que estão sendo reintroduzidas no parque são provenientes de diversas situações, como tráfico ilegal, entregas voluntárias, resgates e reprodução controlada em zoológicos e criadouros.
O Instituto Fauna Brasil solicita a colaboração da comunidade para registrar avistamentos do papagaio-de-peito-roxo. Fotos e vídeos podem ser enviados pelo WhatsApp para o número (48) 99996-0435.
Mesmo com esses pequenos transtornos como o registrado em Vargeão, o Instituto pede para que as pessoas não alimentem os papagaios e evitem interações com as aves. Se acaso algum lhe fizer uma visita, a orientação é tentar espantá-lo utilizando uma toalha.
“Não recomendamos qualquer contato físico, pois são animais silvestres que podem machucar e pode ocorrer transmissão de doenças. Orientamos a, quem quiser, colocar um comedouro longe da casa, com alimentos naturais como frutas e sementes”, acrescenta Vanessa. “Esse comedouro deve ser suspenso e longe de animais domésticos”.
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