Campanha para prevenir e combater o preconceito religioso é lançada pelo MPSC 3xe3i

Enfoque inicial da campanha é a proteção e respeito aos costumes, tradições e liberdades das religiões de matriz africana. 602t3l

Por Redação Oeste Mais 1r2m4v

13/11/2024 14h36 6k3g29



O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) lançou uma campanha para combater o preconceito religioso, durante um seminário alusivo ao Mês da Consciência Negra. 2e5k47

“Sua fé. Sua crença.” é uma campanha de prevenção e enfrentamento a qualquer forma de racismo religioso, desenvolvida para promover o respeito e a valorização da diversidade de religiões.

O enfoque inicial da campanha, lançada na última segunda-feira, dia 11, é a proteção e o respeito aos costumes, tradições e liberdades das religiões de matriz africana. De acordo com os dados do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, estas religiões são as que mais sofrem com atos de racismo religioso.  

De acordo com a coordenadora do Necrim (Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância), Ana Luisa de Miranda Bender Schlichting, o racismo religioso é uma das formas mais perversas do racismo que estrutura nossa sociedade desde o período escravagista.

Campanha foi lançada nesta semana pelo MPSC (Foto: Divulgação)

Para a Coordenadora as tradições e as religiões de matriz africana foram historicamente marginalizadas e sofreram com um processo deliberado de tentativa de apagamento, razão pela qual considera a campanha fundamental para que esta pauta seja visibilizada e para haver a conscientização da sociedade e amplo debate sobre o tema.  

Em Santa Catarina há mais de cinco mil casas de candomblé, umbanda, entre outras práticas, com cerca de 100 mil adeptos e praticantes.

"Racismo religioso é crime. Toda pessoa tem o direito de professar a sua fé, tem direito à liberdade de religião. A intolerância religiosa é uma realidade que precisamos combater com rigor", explica o Promotor de Justiça Jádel da Silva Júnior, titular da 40ª Promotoria de Justiça de Florianópolis.

Há 32 procedimentos instaurados na 40ª PJ para apurar diversas denúncias de racismo religioso e quatro ações penais ajuizadas. Entre os casos apurados há violência contra casas e terreiros (apedrejamento das casas, telhados e vidros), cortes de energia durante cultos, injúrias (ofensas), invasão de terreiros durante os cultos e até envenenamento de animais.


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