Com o destaque de maior produtor nacional de maçã, Santa Catarina solicitou ao Ministério da Agricultura e Pecuária a retirada da fruta da pauta de negociações com a China. O pedido foi feito por meio de um ofício encaminhado pelo secretário da Agricultura, Valdir Colatto, ao ministro Carlos Fávaro. 4t576o
A abertura do mercado brasileiro para a maçã chinesa representa altíssimo risco socioeconômico aos produtores, além de riscos fitossanitários a cultura da macieira.
“É uma grande preocupação para Santa Catarina. São muitos agricultores trabalhando e empregando pessoas nesta área e nós precisamos manter estar fonte de renda dos nossos produtores. A chegada da maçã chinesa iria inviabilizar a produção no estado, por isso pedimos ao Ministro a retirada da pauta de negociações. Além disso, há a questão sanitária, nós temos mais de 40 tipos de doenças da maçã que não existem aqui e poderiam chegar com a importação”, ressalta Colatto.
O estado catarinense responde por 48% da área plantada no Brasil, com uma produção que, na safra ada superou a marca de 15 mil hectares de área colhida. Santa Catarina foi responsável pela produção de 572 mil toneladas e contou com cerca de três mil pomicultores.
Conforme a Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), a abertura para o mercado chinês poderia comprometer a renda de milhares de famílias ligadas ao setor produtivo, tanto de maneira direta quanto indireta.
Impacto sanitário
Santa Catarina é referência internacional em sanidade vegetal e faz parte da única região do mundo a erradicar a Cydia pomonella, praga que também conhecida como traça da maçã e pode causar grandes prejuízos aos produtores. A Cydia pomonella está longe do território catarinense há dez anos.
Conforme a ABPM, o risco fitossanitário de introdução da praga a partir da importação de maçãs da China é considerado altíssimo. A Cydia pomonella é considerada a pior praga da fruticultura no mundo, mantê-la fora de Santa Catarina exige um trabalho contínuo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Cidasc e produtores rurais.
A abertura de mercados foi um dos resultados obtidos após a erradicação da praga, pois a qualidade geral dos frutos é preservada, uma vez que não é necessário o uso de inseticidas para o controle da doença nos pomares.
Economia
Levando em consideração somente os valores brutos da produção, a maçã contribui, em média, com cerca de 50% da fruticultura estadual, o que equivale a R$570 milhões anuais. Se contabilizadas as cadeias secundárias, como os serviços de armazenagem, distribuição e comercialização nos mercados e feiras, a contribuição sobe para mais de R$2,5 bilhões anuais na economia catarinense.
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