Grávida que teve aborto negado pelo STF dá à luz gêmeas siamesas no RS 5e123x

Bebês seguem internadas na UTI e devem ar por cirurgia, em Porto Alegre 4d7c

Por Redação Oeste Mais 1r2m4v

09/11/2022 16h12 3c6l2g



Gêmeas nasceram na terça-feira, dia 1º, em Porto Alegre (Foto: Arquivo Pessoal/g1)

A moradora Lorisete Santos, deu à luz gêmeas siamesas na terça-feira, dia 1º, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A história da mãe repercutiu após ela ter o pedido de aborto negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) durante a gestação, que trazia riscos para ela e as bebês, que dividem o mesmo corpo com duas cabeças. h323r

Sofia e Milena nasceram e no mesmo momento foram encaminhadas para a UTI. Médicos acreditavam ser improvável a sobrevivência das bebês após o nascimento, opinião que se mantém diante do estado de saúde grave das duas.

"Estamos na luta. Conversamos com o médico e é complicado. Foi um parto difícil, mas a minha esposa está bem. As minhas filhas, não", conta o pai das gêmeas, Marciano da Silva Mendes.

Lorisete recebeu alta nesta segunda-feira, dia 7, uma semana após o nascimento das filhas. Ela conta que o primeiro ultrassom da gestação, feito há cerca de 9 meses, apontava uma gravidez de gêmeos.

"Depois, no segundo ultrassom, apareceu que elas estavam coladas, que eram gêmeas siamesas. Eu saí apavorada. Não sabia nem o que fazer, nem o que pensar [...] fizeram outro exame e depois que analisaram bem nos chamaram, explicaram pra nós que as crianças estavam com problema, que estava tudo interligado, os órgãos, o coração...” lembra a mãe.

Nas palavras do pai, as filhas "são duas pessoas em um corpo" e não há possibilidade de separar as duas. "Uma delas tem um estômago que não está recebendo o alimento direito, por isso, elas terão que ar por uma cirurgia", disse Marciano.

Dificuldades financeiras

Lorisete é auxiliar de limpeza e Marciano é pedreiro. Os dois, que ganham por empreitada, estão sem trabalhar por conta da situação familiar. Eles permanecem em Porto Alegre acompanhando a evolução do quadro de saúde das filhas. Como residem em São Luiz Gonzaga, cerca de 500 km de Porto Alegre, a hospedagem impõe dificuldades financeiras, fora os cutos de alimentação e higiene.

Amigos e conhecidos têm ajudado o casal, que tem mais dois filhos, através de doações e campanhas nas redes sociais.

Por conta do abalo tanto financeiro quanto emocional, os dois já conversam com a Defensoria Pública sobre formas de buscar indenização pelo sofrimento que dizem estar ando. A intenção inicial é de processar o estado.


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