Conheça os setores da economia que mais exigem fluência na língua inglesa c3459

Estreitamento da globalização comercial torna língua inglesa cada vez mais necessária 4o3q1h

09/03/2020 13h31 5k2c53



O domínio da língua inglesa é cada vez mais fundamental no mercado de trabalho em seus mais diversos setores, sendo considerado não apenas um quesito diferencial, mas essencial e determinante para contratações em grande parte das empresas, nacionais ou multinacionais. 4t4c4

Em alguns setores, no entanto, essa necessidade é ainda maior. Em todo o mundo, a área que aparece no primeiro lugar em exigência da língua é a indústria farmacêutica e os setores adjacentes a ela.



De acordo com a última edição do EF EPI Report, estudo conduzido pela EF Education First (grupo que controla a English Live, uma das maiores escolas de idioma do mundo), o setor é aquele que mais exige a fluência no idioma, considerando os mais de 100 países ouvidos pela pesquisa que mede o nível de proficiência da língua. A pesquisa ouviu mais 2,3 milhões de falantes não-nativos.

Segundo o relatório, um dos principais motivos é a exigência do domínio da língua para o entendimento de materiais de trabalho que são, em sua maioria, redigidos em inglês técnico, cuja compreensão exige nível fluente ou muito próximo disso.

A exigência do inglês na indústria farmacêutica em todo mundo é também reflexo do crescimento no setor no mundo todo, uma vez que o faturamento global deve saltar para US$ 1,5 trilhão (mais de R$ 6,7 trilhões) em todo o planeta, com uma taxa anual de crescimento de 3% a 6%, de acordo com o relatório “The Global Use of Medicine in 2019 and Outlook to 2023”. No Brasil, por exemplo, os resultados de 2019 foram os melhores nos últimos cinco anos.



O segundo setor da lista é o bancário, seguido por tecnologia da informação, ambas apresentando nível de fluência muito alto pelo índice do EF EPI Report. Com nível considerado moderado aparecem telecomunicações, consultoria, saúde, eletrônica indústria automotiva, bens de consumo não-duráveis, engenharia, minas/energia e construção civil.

O estudo também mensurou o domínio da língua por cargo, com o jurídico ocupando a ponta, seguido por finanças, pesquisas/desenvolvimento, marketing, TI, estratégias de planejamento, compras/contatos, recursos humanos, atendimento ao cliente e contabilidade, que fecham o top 10.



No Brasil, o panorama é um pouco diferente do cenário global. Segundo o estudo, os setores que mais exigem o domínio da língua por aqui são consultoria, automotivo, saúde e tecnologia da informação, seguidos por comidas e bebidas (abrangendo tanto as empresas, como também bares, restaurantes e lanchonetes).

Uma das explicações é o fato de a grande maioria dessas empresas serem multinacionais, o que exige o domínio da língua para comunicação com clientes, parceiros e stakeholders pelo mundo. “Especialmente em empresas multinacionais e em posições de média e alta liderança, o inglês deixa de ser um diferencial para ser essencial. Ele proporciona o à informação, traz credibilidade na comunicação e agilidade nas tarefas do dia a dia nestas companhias”, explica Wagner Domingues, Gerente de Recursos Humanos da EF English Live.

No entanto, a dificuldade para encontrar profissionais fluentes na língua inglesa por aqui ainda é muito grande e se explica pelo nível nacional de domínio da língua estrangeira mais falada em todo o mundo. O Brasil é apenas o 59º do mundo no ranking da EF EPI Report, com nível de proficiência considerado baixo. Para se ter uma ideia, o Brasil fica atrás de concorrentes latino-americanos como Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Cuba e Uruguai.

Para Wagner Domingues, aumentar a proficiência da língua inglesa seria muito positivo para todo o mercado. “Encontrar profissionais que falam inglês no Brasil pode ser tarefa árdua. Ter profissionais que dominem este idioma faz toda a diferença, tanto na média e alta lideranças, que têm contato direto com o time global, como em áreas operacionais”, completa.

O baixo nível de proficiência impacta diretamente em setores importantes da economia brasileira. No mercado de tecnologia, por exemplo, a ausência de fluência é um dos fatores que mais contribui para a escassez de mão de obra qualificada, uma vez que o domínio da língua é fundamental para lidar com as novas tecnologias e entrar em contato clientes, fornecedores e demais stakeholders ao redor do mundo, além de dominar equipamentos e softwares que são fundamentais para o andamento das operações.


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