Muitos adultos vivem hoje com o freio de mão puxado — desejam crescer, prosperar, conquistar novos espaços, mas algo trava e os impede. Sabem que têm potencial, mas não conseguem ultraar certos limites, principalmente quando o assunto é dinheiro, visibilidade ou autoconfiança. No olhar sistêmico, esse movimento pode estar relacionado à ausência da força do pai. 4q6t5h
O pai representa o nosso mundo externo. É através dele que aprendemos a nos lançar para a vida, explorar territórios desconhecidos, ocupar espaços, assumir riscos e... lucrar. Sim, o pai é aquele que, simbolicamente, nos dá permissão para receber em abundância — mais do que o suficiente, mais do que o básico, mais do que os nossos familiares um dia conseguiram.
Quando há uma desconexão com o pai — seja por afastamento físico, emocional, rejeição ou julgamentos — é comum que a vida adulta se torne limitada. A pessoa pode ser competente, mas não rompe o teto de ganhos. O negócio trava, não prospera, não cresce. É possível que exista uma lealdade silenciosa que impede de “ir além”, como se ultraar os ganhos do pai fosse uma traição, esse é o inconsciente se manifestando.
Dados recentes reforçam essa perspectiva. Segundo o Sebrae, em 2024, o Brasil registrou a abertura de mais de 4,15 milhões de novos negócios, o maior número da série histórica, com crescimento de 9,9% em relação a 2023 . No primeiro trimestre de 2025, foram abertos 1,4 milhão de pequenos negócios, com destaque para os microempreendedores individuais (MEIs), que correspondem a 78% do total.
Esse movimento empreendedor reflete o desejo de expansão e autonomia. No entanto, muitos desses novos empreendedores enfrentam desafios internos que limitam seu crescimento. Reconectar-se com essa força não significa concordar com tudo que seu pai fez, mas tomar o que é possível receber: a origem, a força de vir ao mundo, a potência da ação. Quando esse movimento acontece, algo muda internamente — os olhos brilham mais, a voz ganha firmeza, os projetos fluem com mais coragem e clareza. A vida se expande.
Se você sente que está sempre fazendo muito, mas recebendo pouco... talvez seja hora de olhar para o pai. E com humildade dizer:
“Pai, eu te vejo. Eu tomo a vida que veio por você. Agora eu sigo adiante, com sua força em mim.”
Terapeuta integrativa. Constelação Familiar e Reiki. Psicoterapeuta. Graduada em Psicologia desde 2008. Insta: @gabybernardi.
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