O nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi incluído nesta quinta-feira, dia 5, na lista de difusão vermelha da Interpol, em atendimento a um pedido da Polícia Federal, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 101k1p
O ministro determinou na quarta-feira, dia 4, a prisão preventiva da deputada, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Com a inclusão do nome dela na lista da Interpol, Zambelli pode ser presa fora do Brasil.
Moraes também determinou o bloqueio dos aportes, incluindo o aporte diplomático que ela obteve por ser deputada; bloqueio de salários e outras verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo Pix; bloqueio de veículos, dos canais e perfis em redes sociais e multa diária de R$ 50 mil por postagens que "reiterem as condutas criminosas".
Carla Zambelli deixou o Brasil para fixar residência na Europa. “Estou fora do Brasil já faz alguns dias. A princípio, vim em busca de um tratamento médico que eu já fazia aqui”, comentou. Ela também reconheceu que sua recente condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pesou na decisão.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com auxílio do hacker Walter Delgatti, condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo, além de falsidade ideológica.
Com a decisão unânime da Primeira Turma do STF, ela também foi condenada à perda do mandato parlamentar após esgotados todos os recursos possíveis. Se a sentença for mantida, ela e Delgatti terão que pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos.